Depois que a lei foi aprovada, muitos cidadãos de Hong Kong anunciaram que iriam excluir contas no Twitter, no Telegram, ou no Signal – aplicativo de mensagens criptografadas. Outras compartilharam dicas para reduzir os rastros “pró-democracia” deixados na Internet.
A nova lei de segurança imposta em Hong Kong por Pequim foi usada pela primeira vez nesta sexta-feira, 3, para acusar um cidadão do território semi-autônomo de separatismo e terrorismo.
Ele carregou uma bandeira com os dizeres “Liberem Hong Kong, revolução dos nossos tempos”, durante um protesto.
Um dia após entrar em vigor, a nova legislação já provocou uma onda de pânico entre jornalistas, políticos e internautas, que correram para apagar históricos digitais e conexões com o movimento pró-democracia.
Na terça-feira 2, a China impôs à ex-colônia britânica um texto polêmico que, segundo alguns países estrangeiros, viola o princípio de “um país, dois sistemas”, que permite liberdades em Hong Kong que não são aceitas no resto do país.
Críticos dizem que a lei – que pune crimes de secessão, subversão, terrorismo e conluio com forças estrangeiras – tem como objetivo sufocar o movimento que pede mais democracia na região há um ano.