— Ruim. Recebemos mal. O PT tem tradição em São Paulo, tem força, o Tatto vai subir. Boulos é o candidato Laranjeiras, se lá tivesse. Tatto é mais popular. Um dirigente não pode dar declaração que enfraquece candidato nosso.
E aqui no Rio estamos crescendo. É desrespeitoso com o Tatto e com a Renata. Eleição de segundo turno é democrático tentar disputar.
O ex-deputado federal Wadih Damous (PT) defendeu o posicionamento de Lindbergh no Twitter, afirmando que “o apoio do PSOL à Benedita no Rio e o apoio do PT a Boulos em São Paulo seria um gesto de maturidade e inteligência políticas”.
De acordo com ele, “as chances da ida de ambos para o segundo turno aumentariam bastante” e defendeu que esse seria o “pragmatismo que devíamos praticar”.
Membro da Direção Nacional do PT, Alberto Cantalice afirma que o partido recebeu com estranheza essa declaração e que jamais trabalharam nessa perspectiva.
“O partido não recebeu como algo possível, recebemos com estranheza. Nós estamos tratando das candidaturas, não existe essa moeda de troca, jamais trabalhamos essa perspectiva”, diz Cantalice.
Segundo o vereador Tarcísio Motta (PSOL), o partido ainda espera atrair o eleitorado de Ciro Gomes (PDT), segundo candidato mais votado no Rio em 2018, e avalia que o “voto cirista” teria resistência a seguir uma candidatura do PT.
“Martha não adotou, até agora, um discurso de esquerda. Entendemos que é necessário formar uma candidatura marcadamente de oposição ao governo Bolsonaro, e de enfrentamento ao fascismo. Esperávamos que a Benedita fizesse isso, mas até o momento ela também não está fazendo. Renata buscará esse eleitor de esquerda, que será decisivo para chegar ao segundo turno”, afirmou Tarcísio.